quinta-feira, 13 de outubro de 2016

“O Caçador de Pipas” - “The Kite Runner”




Khaled Hosseini nasceu no ano de 1965 em Cabul, no Afeganistão, filho de um Diplomata no Ministério do Exterior com uma professora de Farsi (idioma Iraniano) e História. Em 1976 a família de Khaled foi transferida pelo serviço de seu pai para Paris e quando pretendiam voltar pra sua cidade natal, receberam a noticia de que ela havia sido invadida pelo exercito Soviético, de uma forma trágica e violenta.
Em Setembro de 1980, Khaled e sua família conseguiram asilo politico nos Estados Unidos e foi lá, na Califórnia, que ele fez bacharelado em Biologia pela Universidade de Santa Clara. Em 1989 entrou na Universidade de San Diego para cursar Medicina e em 1933 concluiu. 
O autor finalizou sua residência em Medicina Interna na Cedars - Sinai Medical Center, na cidade de Los Angeles e exerce essa profissão até hoje como clínico geral. Em seus momentos vagos, escrever.
Josiane Fernanda, escritora do ”Portal Caneca”, “diz que O Caçador de Pipas” é “Um livro cheio de revelações surpreendentes e passagens emocionantes, daqueles que mudam a visão de mundo, e ao mesmo tempo encanta”.
Isabel Allende, renomada escritora Chilena, também não mediu palavras para elogiar a obra e relata que “Esta é uma daquelas histórias inesquecíveis, que permanecem na nossa memória por anos a fio. Todos os grandes temas da literatura e da vida são o material com que é tecido este romance extraordinário: amor, honra, culpa, medo, redenção”.
A história começa em um Afeganistão ainda livre e conta sobre dois meninos, Amir e Hassan, que vivem realidades muito diferentes. Amir rico, medroso e egoísta, já Hassan é filho do “caseiro”, corajoso e bondoso. Ambos são amigos apaixonados por livros e pipas.
No livro, os meninos passam por um momento marcante no ano de 1975. Durante o tradicional campeonato de pipas Amir é o vencedor, deixando seu pai orgulhoso, e para presenteá-lo Hassan vai em busca da pipa que deu o titulo a seu amigo dizendo: “Por você, faria isto mil vezes”. Durante a caça pela pipa, um grupo de meninos que não gostavam da amizade dos dois bateu e estuprou o garoto e Amir viu tudo, porém, nada fez. Depois disso eles se afastam, Amir forja um roubo para incriminar Hassan e  após isso ele e seu pai deixam a casa.
Cabul é invadida, Amir e seu “Baba” fogem para a Califórnia e lá ficam por anos. O menino vira homem e trabalha com seu pai na feira, onde conhece sua esposa. Baba, pai de Amir, é diagnosticado com Câncer e morre. Passam-se os anos e um dia Amir recebe a ligação do amigo de seu pai, Rahim Khan, pedindo para ir ao Paquistão, dizendo: "há uma maneira de ser bom novamente” e ele vai. Lá o segredo tão guardado por seu pai é revelado, Amir e Hassan são irmãos. Hassan e sua esposa foram assassinados pelo talibã e deixam um filho, Sohrab, e é de salvar ele que Amir vai em busca, enfrentando o Talibã e podendo enfim viver em paz com sua consciência.
Um livro emocionante, rico em detalhes mas sem ser cansativo e enjoativo,  tirou lágrimas de meus olhos e me prendeu na leitura. Pude, com minha imaginação, ver as cenas se passando claramente e embora seja triste, traz uma linda lição de vida e um final feliz que encanta.
Dentre tantos momentos emocionantes e chocantes do livro, o momento do estupro de Hassan é sem sombra de dúvida o mais marcante, pelo heroísmo dele e o egoísmo de Amir, difícil é não chorar nessa parte. Quando Amir vê Sohrab dançando igual mulher para um líder do talibã, a leitura fica tensa e as páginas seguintes são de disparar o coração.
“O Caçador de Pipas” foi publicado em 2003 pela Riverhead Books, tornou-se um best-seller internacional, vendido em pelo menos setenta países e ficando mais de cem semanas na lista de best-sellers do New York Times. Seu enredo é bem construído e recentemente foi para as telas dos cinemas. É amado pela critica.
Em suas obras, o autor relata sobre costumes do Afeganistão, sua vida cultural, seus valores tradicionais e o cotidiano deste povo. Com o sucesso do livro fez surgir varias publicações sobre o País. Na escrita traz palavras de sua língua mãe e trabalha com texto dramático, reflexivo e detalhista.
Assim como “O Caçador de Pipas” é um sucesso, Khaled também escreveu outros livros que saíram rápido das prateleiras e acreditando que não pare por ai, o futuro do escrito será de ainda mais sucesso, alcançando cada vez mais publico e reconhecimento.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

A viralização dos jogos eletrônicos e sua influência na sociedade






 No principio, fazia parte de estudos, aonde os acadêmicos começaram a criar simuladores e programas de inteligência artificial, mas entre 1970 e 1980 os jogos eletrônicos se tornaram populares, conquistando a população como uma forma de entretenimento. Hoje, com o avanço da tecnologia, os jogos estão cada vez mais reais e presentes na sociedade.
Se antes os jogos prendiam adolescentes, jovens e até mesmo adultos em suas casas, na atualidade com o desenvolvimento de plataformas moveis eles estão em qualquer canto, podendo ser online ou off-line, interagindo com outros jogadores ou não.
Pokemon-Go é a mais nova febre no mundo dos jogos, desenvolvido por uma colaboração entre a Niantic Inc., a Nintendo e a The Pokémon Company para as plataformas iOS e Android. Traz de volto os tão queridos Pokemons da antiga e transforma os jogadores em caçadores de Pokemon, misturando o mundo virtual com o real.
O seu lançamento foi esperado ansiosamente e sua repercussão tomou conta das redes sociais, tanto pelo seu lado divertido e inovador quanto pelo negativo. O grande problema foi o caos que o jogo trouxe, colocando em lugares inusitados os PokéStop (campo de batalha dos Pokemons) como em cemitérios e praças, também foi acusado de “escravizar” os seus jogadores.
           Os jogos eletrônicos influenciam diretamente na sociedade, mudando comportamentos e a maneira de se relacionar, tendo o seu lado bom e seu lado ruim. Assim como quando foi criado, os jogos tem a capacidade de ajudar a desenvolver habilidades, como a rapidez no pensar e agir, mas a contra proposta tem tornado seu adeptos em imediatistas, pois da mesma forma que agem rápido ao precisar apertar um botão ou uma tecla, também fazem suas decisões, o ruim é que na vida real as decisões mal pensadas podem trazer más consequências. Desta forma, como tudo na vida, os jogos precisam de seus limites, para que o mundo virtual não atrapalhe o real, privando os humanos de viverem os bons momentos com amigos e familiares e também trazendo confusão entre as duas realidades.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Revisando o papel atual do Publicitário: Publicitário ou Gestor?



         O artigo de Marina Roriz Rizzo Lousa Cunha e Eliseu Vieira Machado Júnior traz algumas mudanças no papel do publicitário causado pela inovação da tecnologia, comunicação e da forma de se comunicar. Hoje o papel do publicitário vai além de ser somente publicitário, é um profissional que para lidar com as exigências do mercado e consumidores se tornou um gestor das ferramentas de comunicação existentes. A definição encontrada para o publicitário é como aquele que executa serviços de publicidade e propaganda, desde o planejamento até a veiculação.
Com a internet que tem a capacidade de distribuir outros tipos de mídia de forma interativa e bidirecional, fugindo do comum, os consumidores ganharam voz e tiveram mais oportunidade de falar e escutar. Entre as principais características do mundo online a capacidade de adaptar-se vale ser ressaltada, pois é um atributo não encontrado em nenhum outro meio de comunicação.
O avanço da internet e as transformações no mercado atual da comunicação geraram os “novos consumidores”, que são bem-informados sobre o consumo, mais independentes e que buscam autenticidade, além desejarem suprir a falta de tempo, atenção e de confiança. Esses consumidores são mais ativos, melhores e que usam o conhecimento ao seu favor, exigindo assim muito mais do publicitário para alcança-los e tornar a experiência com a marca mais atrativa e participativa.
As características exigidas do publicitário contemporâneo são: estar ligado ao conhecimento das pessoas e dos contextos em que elas estão inseridas, estar aberto a novas possibilidades e novidades, ter visão sinérgica e isenta de preconceitos. Desta forma, o artigo defende que o profissional de Publicidade e Propaganda precisa ser também um gestor e tomar decisão que usem as ferramentas de comunicação adequadas para resolver os problemas dos clientes, visando alcançar o objetivo e o bom uso dos recursos disponíveis e para isso usar as habilidades de eficiência de um gestor, que são: técnica, humana e conceitual. Além de todas essas habilidades, o bom publicitário contemporâneo precisa ser estrategista e integrador, para gerir o contexto turbulento, apontar possibilidades de se atingir os resultados e assegurar que haja junção do que o cliente espera e precisa.

Texto baseado no artigo de Marina Roriz Rizzo Lousa da Cunha e Eliseu Vieira Machado Júnior – Goiânia, V.38, n.4, p.755-769, out./dez. 2011. Recebido em 06.11.2011 e aprovado em 11.11.2011.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sebastião Salgado






O fotógrafo Sebastião Ribeiro Salgado é mineiro, nascido na cidade de Aimorés no dia 8 de fevereiro de 1944. Graduado em Economia na capital do Espírito Santo, Vitória e pós-graduado na Universidade de São Paulo, na USP. Como economista, trabalhou no Ministério da Economia, em 1968 e em 1969 buscou asilo politico em Paris, aonde completou seu doutorado em Economia. No ano de 1973 voltando para o Brasil atuou na Organização Internacional do Café como especialista na fiscalização de plantações africanas. Com 29 anos se descobriu fotógrafo, ao emprestar a câmera fotográfica de sua esposa para uma viagem a África.


Em uma palestra ministrada no TED, uma organização sem fins lucrativos dedicada à difusão de ideias, Sebastião disse:


“E um dia a fotografia fez uma invasão total na minha vida. Tornei-me um fotógrafo, abandonei tudo e tornei-me um fotógrafo, e comecei a fazer da fotografia o que era importante para mim. Muitas pessoas me dizem: você é um fotojornalista, você é um fotógrafo antropologista, você é um fotógrafo ativista. Mas fiz muito mais que isso. Coloquei a fotografia como minha vida. Vivi completamente dentro da fotografia, realizando projetos de longo prazo”


Sebastião se transformou em um dos mais renomados fotógrafos da atualidade e encontrou na fotografia uma maneira de registrar acontecimentos e criticas sociais. Desde os primeiros momentos ele se dedicou a retratar os excluídos, os que se encontram à margem da sociedade. Com o intuito de nada destacar mais em suas fotos do que a realidade que quer mostrar, ele faz uso do preto e branco.


Seu trabalho procura provocar o público, dando conteúdo para pensar e repensar questões sociais. Quer com sua arte levar verdadeira comoção, causando engajamentos e lutas por causas que valem a pena. Acredita que fotografias podem ajudar a mudar o mundo para melhor e por isso retrata denúncias e motiva a ações.  








Tive a oportunidade de visitar com um grupo de amigos a exposição “Genêsis” no Sesc de Piracicaba, que é o resultado de 32 viagens. As fotografias foram separadas em cinco seções geográficas: Planeta Sul, Santuários, Àfrica, Terras do Norte e Amazônia e Pantanal. As fotos retratam oceanos, desertos de gelo e areia, montanhas e selvas ao redor do mundo. Ficamos encantados pelas fotos que não precisaram das cores para transmitir o sentimento do fotógrafo.