segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Revisando o papel atual do Publicitário: Publicitário ou Gestor?



         O artigo de Marina Roriz Rizzo Lousa Cunha e Eliseu Vieira Machado Júnior traz algumas mudanças no papel do publicitário causado pela inovação da tecnologia, comunicação e da forma de se comunicar. Hoje o papel do publicitário vai além de ser somente publicitário, é um profissional que para lidar com as exigências do mercado e consumidores se tornou um gestor das ferramentas de comunicação existentes. A definição encontrada para o publicitário é como aquele que executa serviços de publicidade e propaganda, desde o planejamento até a veiculação.
Com a internet que tem a capacidade de distribuir outros tipos de mídia de forma interativa e bidirecional, fugindo do comum, os consumidores ganharam voz e tiveram mais oportunidade de falar e escutar. Entre as principais características do mundo online a capacidade de adaptar-se vale ser ressaltada, pois é um atributo não encontrado em nenhum outro meio de comunicação.
O avanço da internet e as transformações no mercado atual da comunicação geraram os “novos consumidores”, que são bem-informados sobre o consumo, mais independentes e que buscam autenticidade, além desejarem suprir a falta de tempo, atenção e de confiança. Esses consumidores são mais ativos, melhores e que usam o conhecimento ao seu favor, exigindo assim muito mais do publicitário para alcança-los e tornar a experiência com a marca mais atrativa e participativa.
As características exigidas do publicitário contemporâneo são: estar ligado ao conhecimento das pessoas e dos contextos em que elas estão inseridas, estar aberto a novas possibilidades e novidades, ter visão sinérgica e isenta de preconceitos. Desta forma, o artigo defende que o profissional de Publicidade e Propaganda precisa ser também um gestor e tomar decisão que usem as ferramentas de comunicação adequadas para resolver os problemas dos clientes, visando alcançar o objetivo e o bom uso dos recursos disponíveis e para isso usar as habilidades de eficiência de um gestor, que são: técnica, humana e conceitual. Além de todas essas habilidades, o bom publicitário contemporâneo precisa ser estrategista e integrador, para gerir o contexto turbulento, apontar possibilidades de se atingir os resultados e assegurar que haja junção do que o cliente espera e precisa.

Texto baseado no artigo de Marina Roriz Rizzo Lousa da Cunha e Eliseu Vieira Machado Júnior – Goiânia, V.38, n.4, p.755-769, out./dez. 2011. Recebido em 06.11.2011 e aprovado em 11.11.2011.


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Sebastião Salgado






O fotógrafo Sebastião Ribeiro Salgado é mineiro, nascido na cidade de Aimorés no dia 8 de fevereiro de 1944. Graduado em Economia na capital do Espírito Santo, Vitória e pós-graduado na Universidade de São Paulo, na USP. Como economista, trabalhou no Ministério da Economia, em 1968 e em 1969 buscou asilo politico em Paris, aonde completou seu doutorado em Economia. No ano de 1973 voltando para o Brasil atuou na Organização Internacional do Café como especialista na fiscalização de plantações africanas. Com 29 anos se descobriu fotógrafo, ao emprestar a câmera fotográfica de sua esposa para uma viagem a África.


Em uma palestra ministrada no TED, uma organização sem fins lucrativos dedicada à difusão de ideias, Sebastião disse:


“E um dia a fotografia fez uma invasão total na minha vida. Tornei-me um fotógrafo, abandonei tudo e tornei-me um fotógrafo, e comecei a fazer da fotografia o que era importante para mim. Muitas pessoas me dizem: você é um fotojornalista, você é um fotógrafo antropologista, você é um fotógrafo ativista. Mas fiz muito mais que isso. Coloquei a fotografia como minha vida. Vivi completamente dentro da fotografia, realizando projetos de longo prazo”


Sebastião se transformou em um dos mais renomados fotógrafos da atualidade e encontrou na fotografia uma maneira de registrar acontecimentos e criticas sociais. Desde os primeiros momentos ele se dedicou a retratar os excluídos, os que se encontram à margem da sociedade. Com o intuito de nada destacar mais em suas fotos do que a realidade que quer mostrar, ele faz uso do preto e branco.


Seu trabalho procura provocar o público, dando conteúdo para pensar e repensar questões sociais. Quer com sua arte levar verdadeira comoção, causando engajamentos e lutas por causas que valem a pena. Acredita que fotografias podem ajudar a mudar o mundo para melhor e por isso retrata denúncias e motiva a ações.  








Tive a oportunidade de visitar com um grupo de amigos a exposição “Genêsis” no Sesc de Piracicaba, que é o resultado de 32 viagens. As fotografias foram separadas em cinco seções geográficas: Planeta Sul, Santuários, Àfrica, Terras do Norte e Amazônia e Pantanal. As fotos retratam oceanos, desertos de gelo e areia, montanhas e selvas ao redor do mundo. Ficamos encantados pelas fotos que não precisaram das cores para transmitir o sentimento do fotógrafo.